Um terreno passou a ser uma nova forma de ver a vida...
Eu estava cansado… já era 21:37, fim do dia e eu estava para decidir qual melhor opção de terreno em condomínio fechado que eu estava buscando em Rio das Ostras, para quem não sabe, uma ótima cidade litorânea do Rio de Janeiro.
O ponto é que a busca por imóvel é algo difícil. Uma compra que não somente é relevante em termos financeiros, mas importante quando você pensa em terreno mais construção. No caso, eu já penso inclusive como minha aposentadoria, então é importante escolher bem.
Meu sonho sempre foi sair de vida em apartamento para viver em uma casa com terreno espaçoso, muito verde, perto da praia e claro, em um condomínio com segurança, por que nos dias de hoje, deixou de ser uma opção no Rio de Janeiro.
No entanto, buscando não divagar muito sobre o que me proponho a escrever aqui, vou dizer o que percebi numa conversa com um amigo meu, quando falei sobre essa decisão que estou prestes a tomar e que mudou a forma de avaliar investimento e financiamento.
Dívida é um investimento?
É tanta informação de educação financeira que as vezes, ficamos sem saber o que fazer, mas uma coisa é certa.
A fórmula para ter dinheiro é ganhar mais e gastar menos, certo? Bom, eu sempre entendi essa fórmula, mas ambos são tão difíceis e as vezes parece até impossível.
Eu fiz minha parte, ou pelo menos, achei que estava fazendo.
Um coisa que eu já tinha entendido era que dívida poderia ser uma coisa boa, desde que essa dívida fosse para construir um patrimônio ou para melhorar sua renda, ou seja, ganhar mais ou gastar menos. Sim… gastar menos é também um investimento. Se você investe em lâmpadas de Led, você gera economia e por fim, a compra delas é benefíca pelo retorno em economia gerado.
A pegadinha é quando você para investir, precisa de pegar empréstimo com juros alto. Se o custo do juros for maior que o retorno esperado, financeiramente, não é bom negócio.
Eu estava avaliando dois empreendimentos de lotes residenciais em Rio das Ostras, ambos em condomínio fechados, lindos e cheio daquelas coisas maravilhosas para se viver quando se tem. Um em Rio das Ostras, chamado Viverde Rio das Ostras e outro mais para Macaé, chamado Alphaville Costa do Sol.
Os dois tinham financiamento direto com a incorporadora e com taxas competitivas em comparação aos Bancos, mas ao fazer contas, fiquei na dúvida se comprava financiado ou esperava para pagar a vista mais adiante.
Foi exatamente neste ponto que meu amigo me falou uma coisa que mudou a minha forma de avaliar as coisas… sem perder a razão financeira é claro.
Avalie bem os juros versus sua vida.
Demorou para eu perceber, mas quando realmente entendi o valor, veio como uma ducha de sabedoria.
A conversa entre amigos pode durar horas e esta não foi diferente, mas resumirei em dois pontos principais.
1. Não escolha as coisas somente pelo seu preço, mas pelo valor gerado em nossas vidas. O reconhecimento dos “juros” que eu já estava pagando por adiar uma decisão. Demorei para perceber que eu poderia ser mais feliz em morar num lugar com tudo que eu imaginava ao invés de ficar protelando meu sonho somente por contas de pequenas diferenças e preço ou o custo dos juros do financiamento. Eu perdia algo muito mais caro que o dinheiro: o meu tempo, a minha vida!
2. A escolha de comprar algo financiado com Juros muito próximo do mercado, é um fato importante para saber se o juros faz sentido. O que não faz sentido é você considerar que os juros são um absurdo, quando na verdade é um pequeno pedágio por antecipar seus sonhos. O pior é justamente tentar acumular este dinheiro e no fim acabar trocando de carro, viajando internancionalmente ou comprando coisas caras enquanto o que realmente importa, vai ficando mais distante.
Eu ponderei sim, preços e financiamentos e por razão lógica de melhor custo benefício, já estava decidido em comprar o Viverde Rio das Ostras, que de longe foi a melhor escolha em tudo e ainda preferi financiar diretamente com eles, foi até mais barato e prático.
Essa decisão era a que eu queria ter tomado há meses, pois estou nessa pesquisa e indecisão a meses… finalmente tomei a decisão e no fim, não foi o preço ou a taxa de juros do financiamento.
Foi a taxa de juros da minha vida vivendo algo que não quero, por mais um dinheiro na conta no fim do mês.
Vou construir minha casa dos sonhos e morar num lugar que poderei viver perto do verde e do mar, com segurança para mim e minha família, como sonhava desde garoto.
Espero que vocês também não deixem os juros da vida subir muito, pois o tempo passa rápido.
Um grande abraço!
